Organograma estrutural: como montar o da sua empresa?
Toda empresa precisa de um planejamento de RH para organizar sua distribuição do trabalho. Esse plano deve estar bem fundamentado e documentado de maneira clara. O organograma estrutural é justamente a representação gráfica que registra tudo que foi planejado sobre a hierarquia de cargos.
Sua existência facilita muito os processos no dia a dia de uma empresa. Ele funciona como uma referência para guiar contratações, entender as relações de poder e a distribuição do trabalho. Para saber mais sobre o organograma estrutural e aprender como montar o seu, continue lendo a seguir.
O que é o organograma estrutural?
O organograma estrutural é o método utilizado para documentar a hierarquia de cargos dentro de uma organização. Nele estão descritas as funções necessárias para dar conta das demandas de uma empresa, assim como as relações de poder entre seus profissionais.
Além de indicar quem é líder e quem é liderado, o documento é parte fundamental do planejamento estratégico dos negócios. Ele responde muitas das questões de recursos humanos no que diz respeito à organização dos cargos para composição ideal do quadro de funcionários.
Cada cargo é representado por uma caixa e suas responsabilidades detalhadas em anexo. No diagrama, as caixas são conectadas por linhas de comunicação. As ligações horizontais são feitas entre cargos de mesmo nível e as verticais representam as relações de liderança.
O organograma deve sempre ser elaborado levando em consideração os cargos e não necessariamente os profissionais contratados. Ele funciona como um registro oficial do que é o cenário ideal para a organização. Mas, isso não significa que o documento é inalterável. Conforme o andamento dos negócios, o organograma pode e deve ser modificado para melhor atender às mudanças do mercado.
Os tipos de organograma
Existem alguns tipos diferentes de organogramas que você pode adotar em sua organização. Qualquer pesquisa breve sobre o tema vai mostrar que os modelos são plurais para atender as mais diferentes realidades. Conheça a seguir os principais tipos.
Organograma Vertical (Clássico)
O organograma vertical é o modelo clássico e mais comum para a organização dos cargos. Em alguns momentos, ele também foi chamado de organograma hierárquico justamente por valorizar a hierarquia tradicional.
Dentro do modelo, o quadro de colaboradores se desdobra principalmente na vertical, como o nome sugere. Isso significa, então, posicionar o líder no topo e sua equipe diretamente abaixo. Quanto mais acima está a posição no organograma, mais importante ela é. Assim, podemos inferir que cargos que estão na mesma linha horizontal têm níveis semelhantes na hierarquia.
Organograma Horizontal
Na última década, os modelos de gestão participativa têm ganhado cada vez mais espaço nas empresas. O modelo de organograma horizontal preza por uma organização mais flexível. Aqui, o foco está no trabalho coletivo das equipes de profissionais do mesmo nível – relações horizontais.
Sua dinâmica incentiva a autonomia entre os funcionários. A ideia é ter uma equipe autogerenciável na medida do possível. Os cargos são menos fixos e isso que permite que os colaboradores transitem entre setores e abracem diferentes tarefas. Por conta de suas características, esse modelo de organograma se encaixa melhor com gestões mais informais.
Organograma Funcional
O organograma funcional é bem parecido com o modelo vertical e herda dele sua estrutura hierárquica. Isso significa que aqui também existe ênfase nas relações de poder entre líder e liderados. No entanto, essa relação gira em torno das funções de cada cargo e departamento, e não do somente do cargo.
A grande diferença entre o modelo vertical e o funcional é, então, o fato de que as funções têm um peso maior do que a hierarquia em si. Quem realiza uma atividade detém autoridade maior sobre ela.
Organograma Circular
Uma alternativa aos modelos hierárquicos tradicionais, o organograma circular é considerado um tipo de organização mais moderna. A disposição dos cargos é feita com a autoridade máxima (gestor ou presidente) no centro e o restante dos colaboradores posicionados de maneira adjacente.
O modelo circular é ideal para gestões que desejam modelos mais colaborativos. Isso porque diminui a distância entre os cargos para ressaltar a importância do trabalho coletivo. Assim, incentivando a colaboração entre as áreas e profissionais de diferentes níveis.
Organograma Linear
Também chamado de organograma linear de responsabilidade (OLR), esse modelo é o que mais se destaca dentre os tipos apresentados até aqui. Em vez de se organizar a partir da autoridade, ele vai se referir às responsabilidades de cada cargo de maneira linear.
Na prática, isso significa que não se prende tanto à organização hierárquica para demonstrar as funções. Em vez disso, mostra a relação entre cada “caixa” a partir da forma como os processos de produção estão estabelecidos.
Organograma em barras
Você provavelmente já se deparou com um gráfico de barras em algum momento da vida. Esse tipo de diagrama serve para comparar valores de diferentes elementos. A altura da barra representa cada grandeza no eixo vertical.
No caso do organograma, os valores dizem respeito ao nível de autoridade de cada função. Então, todos os cargos vão estar dispostos lado a lado e as barras representam sua posição na hierarquia. Para saber se um cargo está acima de outro, basta comparar a altura das barras.
Organograma matricial
Por último, nós temos esse modelo que é mais recomendado para empresas com estrutura e processos dinâmicos. O organograma matricial é marcado pela ênfase nos grupos de trabalho e funciona muito bem para projetos de duração limitada.
Em sua estrutura, o modelo é bastante parecido com o clássico vertical. Porém, se adapta melhor para empresas que não têm as funções claramente definidas. Por oferecer a possibilidade dos profissionais circularem entre setores e atividades, esse acaba sendo o modelo de organograma mais flexível.
Como montar seu organograma estrutural?
É importante conhecer o conceito de organograma estrutural e os diferentes modelos para planejar suas ações de RH. Mas, isso não é suficiente para montar uma estrutura hierárquica. Para te ajudar nessa tarefa, apresentamos a seguir um passo a passo com tudo que você precisa fazer — confira:
1) Pesquisa de necessidades
Para começar o processo, é importante ter claras quais são as necessidades de sua organização. Portanto, comece com uma pesquisa sobre as demandas atuais do trabalho. O desenho do seu organograma precisa responder diretamente às necessidades específicas da empresa.
O mapeamento ganha muito com a participação ampla de profissionais de diferentes setores. Assim, o responsável do RH consegue ter um panorama completo sobre o cenário atual.
2) Hierarquia de cargos
O segundo passo se mescla no primeiro a partir do momento em que sua pesquisa começa a gerar algumas conclusões sobre as demandas verificadas. O desenho dos cargos, por exemplo, começa a partir desse movimento. Para que o organograma seja completo ele precisa incluir hierarquia.
Esse é o momento de identificar perfis de liderança e definir quais serão os cargos de gerência. A tarefa não será tão difícil pois, a essa altura, você já tem informações suficientes para entender qual modelo é mais adequado para seus recursos humanos.
3) Escolha do modelo e ferramenta
Conforme você define quais profissionais e cargos devem ocupar cada caixa funcional, será necessário iniciar os registros do organograma para referência futura. Portanto, é hora de escolher o modelo do diagrama. Caso restem dúvidas durante essa etapa, pode ser interessante voltar a ler sobre os diferentes tipos de organograma para avaliar qual deles se encaixa melhor em sua gestão.
Para documentar o que foi decidido, é necessário escolher uma ferramenta. Na internet, existem serviços específicos e gratuitos para acesso online. Mas, caso prefira, softwares básicos como Word, Excel e PowerPoint devem dar conta do recado.
4) Comunicação interna
Depois de todo o trabalho de pesquisa e análise, você precisa garantir que o seu planejamento será posto em prática. Aqui entram as estratégias de comunicação interna.
Depois de oficializada com representantes dos setores, a versão final do organograma deve ser divulgada internamente para que todos saibam onde estão posicionados na hierarquia. Organize uma reunião para apresentar o material e, se preciso for, distribua cópias pelos departamentos da empresa. Lembre-se que o organograma só vai funcionar se for conhecido e entendido por todos.
5) Monitoramento e otimização
Engana-se quem pensa que o organograma é um trabalho único com resultados permanentes. Muito pelo contrário, é importante que o RH inclua em sua rotina o monitoramento dos resultados para entender a viabilidade do modelo estabelecido. Caso novas necessidades sejam detectadas, é hora de mudar o organograma.
O acompanhamento constante agrega qualidade para os processos. Assim, você garante que sua hierarquia estará sempre otimizada de acordo com a situação real dos negócios.
A importância de contar com um organograma
A gestão empresarial depende de um bom planejamento em todas as esferas. É preciso entender as demandas do mercado, as necessidades internas e garantir alinhamento com os valores da organização. Tudo isso sem perder de vista o objetivo principal que move a empresa dia após dia.
Nesse sentido, o organograma surge para dar mais confiabilidade aos processos. Sua esquematização dos cargos e das relações de poder permite um controle sobre a forma como a empresa trabalha. Assim, fica mais fácil de contratar e treinar novos colaboradores.
A criação de um organograma estrutural vai muito além de definir quem manda em quem. Ela nos dá uma referência sobre o esqueleto da organização, a forma como o trabalho se estrutura e como as relações devem se desenvolver.
Se você sofre com falta de resultados, talvez seja a hora de criar (ou otimizar) seu organograma. Continue acompanhando nosso blog para saber mais sobre esse e outros temas importantes para a rotina dos recursos humanos.
Equipe Sociis RH
Sem Comentários