A importância das pessoas nas organizações
O início de cada ano sempre nos coloca de frente a vários questionamentos, seja na vida pessoal ou profissional. Ele, como o próprio nome diz, é o início de um novo ciclo, de uma nova etapa. Naturalmente, também é o momento em que nos indagamos e refletimos sobre os acontecimentos passados. Avaliamos as estratégias que foram bem-sucedidas, repensamos o que podia ter sido melhor, mensuramos quais foram os avanços e retrocessos e, claro, projetamos o porvir. Traçamos novas metas e objetivos.
Na vida organizacional, não podia e nem pode ser diferente. Mas, por maiores que sejam nossas revisões, por mais que façamos questionamentos, sempre chegamos a mesma conclusão: as pessoas são o diferencial de uma organização. São elas que fazem as coisas acontecerem, que movimentam, diferenciam e dão energia às empresas. Afinal, “uma máquina pode fazer o trabalho de 50 pessoas comuns. Nenhuma máquina pode fazer o trabalho de uma pessoa extraordinária.” Deste modo, a gestão de pessoas não pode ser pensada de outra forma, ELA PRECISA SER ESTRATÉGICA.
O aparecimento de novas relações de trabalho
No contexto atual, de flexibilização do trabalho e de reforma trabalhista, nos deparamos com o surgimento/legitimação de novas formas de trabalho (como, exemplo, o trabalho intermitente ou o teletrabalho). Estas, por conseguinte, dão ou darão origem a novas relações de trabalho. O ponto crucial, destas mudanças, reside na forma como as pessoas/colaboradores serão vistos e tratados.
Se deixarmos nos guiar por uma lógica perversa, evidenciaremos a descartabilidade do indivíduo e tenderemos a suprimir seus direitos e a intensificar suas rotinas de trabalho, levando-os à exaustão. Contudo, se soubermos usufruir do melhor que as mudanças podem gerar, teremos maior autonomia e flexibilidade para negociarmos, pactuarmos acordos favoráveis aos dois lados e assim provocarmos o sentimento de cooperação e engajamento. E, não existe outra forma de alcançarmos este sentimento de cooperação, senão ouvindo as pessoas, oferecendo a elas a chance real de participação nas decisões, a descentralização do poder. Ocorre que, descentralizar não é tarefa fácil. Para os gestores/executivos, implica em retirar deles a autoridade e exigir a liderança. Já para os colaboradores, decreta a responsabilidade profissional e ordena a competência.
Conclusão
Neste “novo cenário”, incerto, se sairão melhores as empresas que forem sensíveis e estiverem preparadas para extrair o máximo de seus talentos, assegurando-lhes um ambiente promissor e motivador, pessoal e profissionalmente falando.
Nesse sentido, a gestão de pessoas vai muito além de recrutar, selecionar, avaliar e monitorar pessoas. Ela está íntima e diretamente ligada a Motiva-ação.
Informações sobre a autora:
Bianca Andrade
Psicóloga e Diretora de Recursos Humanos da Sociis RH
Especialista na Gestão de Pessoas e Consultoria Estratégica em Recursos Humanos
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