Questionamentos que devem ser evitados em processos seletivos
As várias etapas que fazem parte de um processo seletivo devem ser encaradas com seriedade por todos os envolvidos, já que possui vários desafios não apenas para quem estará participando dele, mas também para os profissionais que o planejam e executam do lado “de dentro” da empresa. A base para um recrutamento de qualidade está na elaboração de boas perguntas e na escolha de métodos eficientes para encontrar os candidatos mais adequados para a(s) vaga(s) de trabalho disponíveis.
Mensurar o perfil dos candidatos vai muito além de obter mais detalhes sobre suas formações acadêmicas e experiências profissionais anteriores e também envolve conhecer um pouco sobre suas características pessoais que podem influenciar sua atuação no trabalho. E é aí que identifica-se um grande desafio. Quais informações devem ser questionadas neste sentido? O que é e o que não é apropriado de ser perguntado pelo(s) recrutador(es)? Qual o limite do nível de perguntas pessoais que devem ser feitas?
A dica mais importante é manter o bom senso e evitar questionamentos delicados que podem deixar o candidato desconfortável e não acrescentam em nada à entrevista de cunho profissional. Se a questão não interfere no desempenho da pessoa que estará ocupando aquela posição de trabalho, a regra é: não pergunte. Alguns exemplos são: se o candidato pretende ou não se casar ou ter filhos, questionamentos religiosos e sobre crenças espirituais de qualquer tipo, perguntar sobre sua orientação sexual, informações sobre condições de saúde (com exceção de cargos que exigem determinadas habilidades físicas), e solicitação de detalhes sobre sua vida social.
A performance de um colaborador na empresa não está relacionada a como ele passa seu tempo livre, desde que isso não influencie em suas habilidades físicas e psíquicas, sendo assim é fundamental focar no que realmente importa como habilidades, capacitações, aspirações profissionais, conhecimentos, e tudo o que é relevante de verdade para a contratação de um novo membro para o time: suas competências profissionais. Claro que todo profissional é um ser humano com características pessoais que querendo ou não podem afetar seu desempenho no trabalho, mas cabe aos recrutadores terem o máximo de cuidado para não violarem a privacidade dos candidatos para não atingirem a intimidade da pessoa de forma embaraçosa durante processos seletivos. Repeito e bom senso nunca são demais ao lidar com pessoas e é sempre bom reforçar isso na esfera profissional.
Informações sobre a autora:
Daniella Maria
Jornalista e relações públicas,
colaboradora do blog da Sociis RH
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