Home office: vantagens e desafios do trabalho remoto
Empresas do mundo todo estão aderindo ao trabalho remoto através dos chamados “Home Office”, fazendo com que essa política se consolide cada vez mais no mercado. Seja para reduzir custos, atrair e reter talentos ou estimular a produtividade, essa opção pode trazer muitos benefícios para as organizações se a gestão for feita da forma adequada. Uma pequisa da empresa Citrix revelou que quase 90% das empresas devem oferecer aos seus funcionários alguma modalidade de trabalho a distância até 2020, realidade que já está sendo fortemente colocada em prática nos Estados Unidos. No Brasil, segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, mais de 23% da população ocupada já tinha como local de trabalho o próprio domicílio. E desde quando essa prática foi regulamentada nacionalmente, em 2011, este número só tem aumentado.
A mobilidade corporativa pode trazer diversas vantagens para as empresas e suas equipes, mas há vários desafios inerentes a esta alteração de metodologia de trabalho no que diz respeito à gestão de pessoas. O principal deles é em relação ao controle da jornada de trabalho, o que geralmente é feito por meio de sistemas informatizados internos, mas nem sempre é tão simples monitorar efetivamente o tempo que os colaboradores levam para cumprir suas funções. Reuniões on-line, troca mais intensa de e-mails, utilização de softwares para chats ao vivo e outras novidades fazem parte da rotina de quem trabalha remotamente e, ao aplicar essa nova metodologia, é importante que as empresas se baseiem em planejamentos e metas para controle da produtividade e alcance dos objetivos traçados.
Implantar a metodologia de home office revela inclinação das organizações para criar uma cultura de inovação, mas é essencial que um trabalho intenso seja feito pela área de Recursos Humanos para manter os valores da empresa e lidar com possíveis resistências e dificuldades de adaptação. Em meio a uma mudança tão grande no sistema de trabalho, a gestão de pessoas deve atuar no sentido de mediar as relações entre empregados e empregador, conciliando os interesses de todos e tratando todos os envolvidos de forma humanizada. Neste cenário, a comunicação interna tem papel primordial, o que vai muito além de newsletters e outros veículos midiáticos e devem também envolver ações de integração, treinamentos e informação intensa e clara das mudanças que estão acontecendo. A política de home office na empresa deve ser estabelecida e comunicada com detalhes e a sensibilização sobre a nova rotina de trabalho deve envolver não apenas os colaboradores, mas também suas famílias, já que agora são eles que compartilharão fisicamente do novo ambiente de trabalho daquela pessoa.
Com o devido comprometimento com suas funções e com a entrega de resultados, tanto por parte do empregado como da organização, o home office pode ser uma excelente opção para algumas empresas e trazer mudanças culturais muito positivas. Se sua empresa está pronta, por que não trocar o excesso de controle por foco em resultados?
Clique para entrar em contato!
Informações sobre a autora:
Daniella Maria
Jornalista e relações públicas,
colaboradora do blog da Sociis RH
Sem Comentários